By Marcel Bursztyn, Gabriela Litre and Stéphanie Nasuti

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Como conseguir que um grupo multidisciplinar integrado por economistas, climatologistas, geógrafos, antropólogos, biólogos, sociólogos, jornalistas, engenheiros químicos, engenheiros ambientais e advogados trabalhe de maneira mais interdisciplinar?

Esse foi o desafio encarado por um projeto de pesquisa sobre as percepções de agricultores familiares de quatro biomas brasileiros (a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal e o Semiárido) sobre os impactos que as mudanças climáticas estão tendo nos seus modos de vida. Esse pequenos produtores, com baixa disponibilidade de capital, estão expostos a riscos naturais e socioeconômicos, e são extremadamente vulneráveis aos eventos climáticos extremos.

Um fator chave foi a demarcação do marco teórico do projeto, que incluiu a hipótese de que o sucesso das politicas de adaptação aumenta consideravelmente quando essas políticas se baseiam em um conhecimento de primeira mão das realidades cotidianas e das percepções das populações envolvidas.
O desenho da pesquisa foi guiado por três elementos básicos: